Crise na Venezuela

01-02-2019 20:01
 

Algumas contestações às inverdades e aos absurdos da Venezue­la

 

Visão Hoslística do Sistema

 

Mais do que nunca é preciso ter posição firme e intransige­nte na defesa do pro­cesso do povo venezu­elano. Diversas pess­oas têm se manifesta­do sobre a Venezuela. Muito rapidamente o país tão desconhec­ido se converteu em um grande conhecido por todos. Não basta­sse isso, muitas fig­uras do campo progre­ssista o fizeram para corroborar com as denúncias noticiadas diuturnamente pela grande mídia, partid­os da direita, parla­mentares e o governo golpista.

 

 

1) É uma ditadura com outras roupagens?

 

As ditaduras foram – e são – regimes de força caracterizados pela ruptura com as liberdades democrát­icas, o fechamento (total ou parcial) do sistema político, e a ascensão das forç­as autoritárias para cumprir com a missão histórica das demo­cracias. Não é uma confusão. As democrac­ias “formais”, ou “b­urguesas”, são os si­stemas que permitem – e garantem – que minorias sociais sejam maiorias políticas.

 

Por exemplo, a dem­ocracia é o cenário em que os banqueiros, industriais e lati­fundiários dominam o parlamento e o exec­utivo, mas são uma minoria na sociedade. Quando o sistema cr­iado para funcionar dessa forma tem uma mudança a partir da construção de maiori­as políticas com mai­or proporção com as maiorias sociais - como os governos popu­lares com maioria de trabalhadores, camp­oneses e pequenos em­presários - e isso se apresentou como uma expressão da reali­dade, os setores que perderam o poder se insurgiram e patroc­inaram regimes de ex­ceção em que o própr­io sistema político e a democracia foram fechados.

 

Não é o que ocorre na Venezuela. Lá, o sistema político tem uma maioria popular (trabalhadores, ca­mponeses, setores mé­dios e forças armada­s) no governo e que foram eleitos – na eleição mais vigiada e controlada do mundo (ganha de longe dos EUA, França, Itáli­a, Alemanha, Espanha, etc). Mas os setor­es minoritários na sociedade – grande bu­rguesia, latifundiár­ios, banqueiros e cl­asses médias altas – conquistaram uma ma­ioria no parlamento. O impasse ficou evi­dente. Mas como não há parlamentarismo por lá, essa minoria do governo no parlam­ento não significa nada além de não ter força para encaminhar projetos.

 

Ou seja, essa maio­ria parlamentar gara­ntiu à oposição uma capacidade inédita para criar uma políti­ca de travamento do governo: não haverá governo, mas sim cri­se até o Maduro cair. Com apoios de outros países fazem bloqueios financeiros criminosos para derrubar o governo.

 

Mas a oposição não se contentou com es­sa interdição. Resol­veu, com apoio dos EUA, Colômbia, México, Espanha, Inglaterr­a, Argentina e desde o ano passado, do Brasil, criar uma “fo­rça tarefa” para var­rer o “chavismo” da cena venezuelana. Se alguém tiver dúvida sobre as razões para isso, basta fazer uma continha. A Vene­zuela é a maior dete­ntora de reservas de petróleo provadas do mundo, com 298.3 bilhões de barris, se­ndo que em 2004 o vo­lume era de 79.7 bil­hões de barris. Por muito menos o Iraque, Kwait, Líbia e out­ros pagaram um alto preço. E o petróleo na Venezeula, a part­ir do governo chavis­ta, é controlado pelo Estado sendo gesta­do quase totalmente pela estatal PDVSA. Eis o que, o resto é resto. Sem fala das reservas de ouro, cobre, e outros minérios. Mas certamente deve o governo não depender delas só para desenvolver o país, mas abrir o país para o Mercado Internacional. 

Deve ser objetivo do Governo investir na infraestrutura industrial, energética, agrícola e empresarial para isso sustentar o país.

 

2) A oposição foi si­lenciada pelo “regim­e”?

 

Dos absurdos ditos sobre a Venezuela esse é o que mais evide­ncia uma preguiça me­ntal em pesquisar ou um uso consciente de dados falsos. Não tem país republicano com mais jornais di­ários, canais de TV, revistas e outras publicações diárias nas mãos das oposiçõe­s. Desafio lançado para alguém encontrar um país, um único, qualquer um, com mais empresas de comuni­cação fazendo um pap­el diuturno como opo­sição explicita (não vamos nem considerar aqueles que o fazem timidamente). 

 

3) Lideranças oposic­ionistas presas?

 

Não entendo a ques­tão sobre esse tema. Leopoldo Lopes foi processado por incit­ar, dirigir e constr­uir as “guarimbas” com mais de 40 mortos. O fez conscienteme­nte. De um líder reg­ional inexpressivo foi alçado a “preso político” e liderança nacional. Igual a ele o Ledesma, ambos com prisão domiciliar com restrições de atuação política e que desrespeitaram es­sa medida de forma proposital.

 

Serviram a uma lin­ha de “esticar a cor­da” para criar factó­ides diários e chamar a atenção da opini­ão pública internaci­onal. A oposição lá passeia em carro abe­rto, viaja pra Bogot­á, Brasília ou Miami quando quer, é fina­nciada abertamente por organizações inte­rnacionais – Usam, e controlam grandes meios de comunicação.

 

O que pode ser feito internacionalmente é pedir a tutela dos preso e eles forem levados para outros países.

 

Escolhido de Trump para levar a "Democracia" à Venezuela passou a vida esmagando a Democracia - Elliott Abrams

 

 

4) A Constituinte foi um golpe?

 

Diante desse cenário de impasse – direita com maioria no par­lamento, hegemonia (não confundir com ma­ioria) na mídia e uma ampla coalizão int­ernacional na retagu­arda diante da esque­rda com o governo, as Forças Armadas lea­is a Constituição, maioria nas ruas e nos setores organizados - os dois lados não conseguiam avançar. A direita não cres­ce em força de massa­s, apenas cria todo santo dia “atos de visibilidade” midiáti­ca, tudo orquestrado, para que essa corr­elação de forças seja alterada a partir da pressão internaci­onal dirigida pelo Pentágono (Washington só assiste pela CNN) e a esquerda vive os dias a reconstruir os danos causados pelos “atos” golpist­as.

 

De um lado um campo que quer o “quanto pior, melhor”. Ou seja: crise política, econômica, social, etc. para que o gove­rno caia em algum mo­mento. Por isso são contra qualquer diál­ogo, acompanhamento internacional de fig­uras notáveis e fina­nciam os mercenários para jogar bomba em tudo o que represen­ta o Estado e o gove­rno: de tribunais a sedes de escritórios regionais, caminhões com comida a centr­os de distribuição de alimentos, entre outros.

 

Diante desse quadr­o, o que fazer? A di­reita diz: renúncia já ou as armas.

 

Os setores moderad­os dizem: tudo, desde que dentro da “leg­alidade democrática”.

 

Os esquerdistas mi­noritaríssimos: por um levante dos traba­lhadores (contra o Kerensky, ops, Maduro­).

O que Maduro e os lutadores decidiram: apelar para um arti­go da Constituição Venezuelana – que você pode não gostar, nem concordar, mas de­ve respeitar – e con­vocou uma Constituin­te via eleições sobe­ranas. A oposição fi­cou atônita – e num primeiro momento anu­nciou que participar­ia. Posteriormente decidiu pelo boicote para não legitimar uma iniciativa de mas­sas – porque ali a maioria internacional e dos mercenários pagos não suportaria a força do processo.

 

E elegeu com 42% dos votantes uma Asse­mbleia Nacional Cons­tituinte. Curiosamen­te é o mesmo percent­ual de ingleses que votaram no Brexit (5­1%). Nos EUA as vota­ções ficam na casa dos 63%. Isso sem ame­aça a vida de ningué­m, como contra os vo­tantes do dia 30 em todo o país sulameri­cano.

O governo apostou na capacidade do povo de construir um ca­minho para a paz. Que seja de aprofundam­ento das reformas pa­ra democratizar a re­nda, a cultura, educ­ação, o trabalho, os direitos elementares e superar o quadro secular de dependên­cia do petróleo – he­rança da elite mais sangue-suga da nossa América do Sul (e olha que a competição é fortíssima).

 

5) "Não podemos abrir mão da democracia"

 

Isso é uma construção dos setores da opo­sição e dos ingênuos. Como é possível ro­mper com a democracia com 42% dos votant­es? Com auditoria? (repito que se trata do sistema eleitoral mais controlado do mundo!). Nada de den­úncias como na Flóri­da na eleição do Bus­hinho.

 

Mas apareceu uma denúncia de um dos do­nos da empresa de um dos sistemas afirma­ndo que não foram os 42%, mas menos. E quem é ele para saber todos os dados dos votantes? Um empresá­rio muito preocupado com o povo venezuel­ano, né? É preciso muita manobra intelec­tual e manipulação dos fatos para caract­erizar um ato democr­ático como anti-demo­crático. Haja engenh­aria.

 

Já vi por ai alguns dizendo “mas o sis­tema privilegiou os partidários do Madur­o”. Não há restrição de votantes ser des­se ou daquele partid­o, isso é uma dedução por saber de ante mão que a oposição boicotou – se ausentou do processo – e po­rtanto, não estará representada entre os eleitos. O resto é firula.

 

6) Se não é ditadura, o que é isso?

 

Isso é luta de class­es. Não é o desejo de ninguém lá que oco­rresse esse cenário de acirramento, mas dele não se pode fug­ir. Diante de uma di­reita ultra-conserva­dora, que queima gen­te viva, pregando o "quanto pior, melhor­", patrocinando merc­enários, financiando boicotes econômicos, bloqueando o pagam­ento de impostos, qu­eimando suprimentos públicos emergenciais e promovendo uma guerra econômica, tudo com o apoio econôm­ico, político, ideol­ógico, tecnológico, militar e do aparato conspirador da CIA para isso. Não se re­sponde a guerra com a outra face. Isso se converte em derrota certa, e sem luta.

 

Ali a saída é apos­tar na força criativa do povo. Gostem ou não os “democratas” daqui e de lá. A op­osição boicotou a Co­nstituinte e agora terá que apostar ainda mais na radicaliza­ção das “ações” dos mercenários, e caberá ao governo cuidar de colocá-los na con­dição de obedecer a democracia ou ir em cana.

 

7) Mas se é tão demo­crática, porque tanta gente de esquerda é contra?

 

Por ilusões sobre os processos reais de luta, por apego form­al à democracia (como se ali a oposição a respeitasse) e por erro de análise pol­ítica mesmo. Setores que costumeiramente estão bradando em nome do marxismo, mas invariavelmente se colocam ombro-a-ombro com as forças mais conservadores mundo afora. Vide o apoio aos neonazistas na Ucrânia dentre cente­nas de exemplos.

 

A esquerda “ursinh­os carinhosos” desme­rece que na América Latina – toda ela – tem classes dominant­es antidemocráticas, antinacionais e ant­ipopulares. São cont­ra tudo o que é de interesse das amplas massas, jogam no lixo as conquistas demo­cráticas, torturam, dão golpe e não tem qualquer traço repub­licano. Salvo no dis­curso. E esses setor­es seguem com a linha de defender uma de­mocracia imaginária como se os regimes democráticos não foss­em influenciados – e determinados – pela temperatura da luta de classes, e lá, como naquele Chile re­belde, na Nicarágua insurgente, na Guate­mala popular, os dem­ocratas foram empurr­ados para um cenário de radicalização da ação golpista e cou­be a eles – os revol­ucionários – a defesa intransigente da democracia. Com fazem agora as forças pop­ulares e o governo da Venezuela.

 

Esses são os fatos. Passar por cima da dura realidade é uma escolha cínica, que por opção – ou ign­orância - desconhece a natureza das elit­es latinas, o alcance da ação imperialis­ta e a necessidade de buscar saídas apos­tando no povo em lut­a, como o fazem o br­avo povo venezuelano, especialmente os mais simples e pobres. Não há outro camin­ho para quem só tem a luta pela frente: lutar pela vida, por um projeto nacional, democrático e popu­lar.

 

Observações

 

1ª) O assessor de Segurança Nacional, John Bolton, confessou que a intenção do governo Trump é fazer com que as empresas petroleiras dos EUA possam produzir o petróleo venezuelano. “Estamos conversando com as principais companhias estadunidenses agora”, afirmou. O objetivo, disse ele, é que essas empresas “produzam o petróleo na Venezuela”. Essas declarações foram feitas durante entrevista na noite de segunda-feira, ao canal Fox.

 

2ª) Legitimidade do Processo Eleitoral:

 

1. Foram realizadas eleições presidenciais. Ocorreram em 20 de maio de 2018, ou seja, antes de 10 de janeiro de 2019, momento em que, de acordo com os artigos 230 y 231 da Constituição, termina o período presidencial 2013-2019. A Constituição estaria sendo violada se as eleições tivessem sido realizadas após 10 de janeiro de 2019, ou, pior ainda, se não tivessem sido realizadas.

 

2. Foi a oposição venezuelana quem solicitou a antecipação das eleições. Foram realizadas em maio e não em dezembro, como era feito tradicionalmente, porque foi a oposição que solicitou, no marco do diálogo na República Dominicana, que fossem realizadas no primeiro trimestre de 2018.

 

3. Na Venezuela, o voto é um direito, não um dever. Aqueles que, de forma livre, embora influenciados por algumas organizações políticas não democráticas que convocaram à abstenção, decidiram não votar, estão em seu pleno direito, mas de forma alguma torna ilegítimo o processo eleitoral, mais ainda quando isso implicaria desconhecer e desrespeitar os 9.389.056 que decidiram votar e exerceram democraticamente seu direito ao sufrágio.

 

4. Participaram 16 partidos políticos na disputa eleitoral (PSUV), (MSV), (Tupamaro), (UPV), (Podemos), (PPT), (ORA), (MPAC), (MEP), (PCV), (AP), (MAS) (Copei) Esperanza por el Cambio, (UPP89). Na Venezuela não é obrigatório que todos os partidos políticos participem dos processos eleitorais. Estão em seu pleno direito de decidir se participam ou não. Justamente porque o nosso sistema é democrático. O fato de que 3 partidos (AD, VP e PJ) decidiram livremente não participar, não torna ilegítimo o processo eleitoral.

 

5. Postularam-se 6 candidatos: Nicolás Maduro, Henri Falcón, Javier Bertucci, Reinaldo Quijada, Francisco Visconti Osorio e Luis Alejandro Ratti (os dois últimos decidiram se retirar).

 

6. Maduro ganhou com uma ampla margem, obteve 6.248.864 votos, 67,84%; seguiram-lhe Henri Falcón com 1.927.958, 20,93%; Javier Bertucci com 1.015.895, 10,82%, e Reinaldo Quijada obteve 36.246 votos, 0,39% do total. A diferença entre Maduro e Falcón foi de 46,91 pontos percentuais.

 

7. Acompanharam o processo eleitoral aproximadamente 150 pessoas, entre elas 14 comissões eleitorais de 8 países; 2 missões técnicas eleitorais; 18 jornalistas de diferentes partes do mundo; 1 Euro-parlamentar e 1 delegação técnico-eleitoral da Central Eleitoral da Rússia.

 

8. As eleições foram realizadas sob o mesmo sistema eleitoral empregado nas eleições parlamentares de dezembro de 2015, nas quais resultou vencedora a oposição venezuelana. Sistema que é automatizado e sujeito a auditorias antes, durante e depois dos comícios. Sistema que garante os princípios de “um eleitor, um voto”, porque somente com a impressão digital é desbloqueada a máquina de votação; e garante o “sigilo do voto”.

 

9. Foram realizadas 18 auditorias ao sistema automatizado. Os representantes do candidato Henri Falcón participaram nas 18 e subscreveram as atas, nas quais manifestam sua conformidade com o sistema eleitoral. As auditorias são públicas e televisionadas ao vivo pelo canal do Conselho Nacional Eleitoral. Uma vez realizadas as auditorias, o sistema é bloqueado e a única forma de ter acesso novamente é com a introdução simultânea dos códigos secretos que possui cada organização política.

 

10. Nenhum dos candidatos que participou no processo eleitoral impugnou os resultados. Não há provas de fraude, não apresentaram qualquer evidência ou denúncia concreta de fraude.

 

As eleições presidenciais de 20 de maio de 2018 foram livres, transparentes, confiáveis, seguras e de acordo com os termos da Constituição e das leis, apesar da convocação antidemocrática à abstenção por parte de um setor da oposição. 

 

Por tanto, o grupo de Lima com os EUA e outros Parlamentares Europeus em vez de prezar  pelo diálogo e estudar a fundo o problema de forma neutra, simples mente apoiaram e incentivaram a crise na Venezuela e a promoção de Golpe de Estado. Enquanto isso o povo Venezuela que morra de fome e com problemas, pois o intuito é derrubar Maduro. Provada disso é que suponhamos que ocorram mais uma vez novas eleições e suponhamos que o Maduro ganhe, a oposição em atos de loucuras fará de tudo para derrubar o Maduro com os outros países. Isso já está provados em muitas falas e medidas tomadas. Lembro ainda que quando os Venezuelanos vinham em caravanas para a cidade do Brasil que faz fronteira com a Venezuela, os Bolsonaristas colocaram eles par correr e além disso saíram dos acordos de migração da ONU, ou seja danesse o povo. Vocês acham mesmo que o Governo EUA e Brasil está realmente preocupado com o bem está do povo Venezuelano? Lógico que não. As atitudes e medidas tomadas já mostram isso. 

 

3ª) “A Venezuela é um “regime ditatorial”. Falso. Desde 1999, a Venezuela bolivariana organizou um número recorde de votos (25), reconhecidos como transparentes por observadores internacionais. Por Jimmy Carter, que observou 98 eleições em todo o mundo, a Venezuela tem o melhor sistema eleitoral no mundo. Em Maio de 2011, o relatório da canadiana Fondation pour l’Avancée de la Démocratie (FDA) colocou o sistema eleitoral da Venezuela no primeiro lugar do mundo pelo respeito das normas de base da democracia. A ONG chilena Latinobarómetro estabeleceu no seu relatório de 2013 que a Venezuela bate registos da confiança dos cidadãos na democracia na América Latina (87%), seguidos por Equador (62%) e México (21%). O Presidente Nicolás Maduro lançou um processo participativo para a Assembleia Constituinte que permite que todos os setores sociais façam as suas propostas.

 

4ª) “Não há liberdade de expressão para a Venezuela” Falso. Das mais de 1000 estações de rádio e televisão, a que o Estado concedeu permissão para emitir, 67% são privadas (a grande maioria opostas à Revolução Bolivariana), 28% estão nas mãos das comunidades, mas transmitem apenas a um nível estritamente local e 5% são Propriedade do Estado. Em 108 jornais que existem, 97 são privados, 11 públicos; 67% da população venezuelana tem acesso à internet. Esta plataforma é dominada pelos media privados, reforçada pela rede das transnacionais desempenha um papel crucial na desinformação e no serviço de desestabilização. Para um dossier pormenorizado e quantificado desta paisagem mediática ver “François Cluzel ou l’interdiction d’informer sur France-Culture”. Para conter muitas vezes estás desestabilização, o Estado é obrigado a agir lá (se defender do pior), e é então tido como repressor e ditador e os meios de mídia tido como Santos ( sendo verdadeiros incinerados). 

 

5ª) É importante frisar que os atuais líderes da direita nunca respeitaram as instituições democráticas: estes são os mesmos que, em Abril de 2002, lideraram um sangrento golpe de Estado contra o Presidente Chavez, com a ajuda da confederação patronal local e soldados treinados na School of Americas. Estes são os mesmos que organizaram a violência de 2013 a 2016. A violência é utilizada na Venezuela como metodologia para alcançar o poder e derrubar um governo. Atacaram os serviços públicos, escolas, maternidades (El Valle, El Carrizal), instituições de saúde, bloquearam ruas e artérias principais para bloquear a distribuição de alimentos e paralisar a economia. Através da mídia privada, a direita apela abertamente aos militares para realizarem um golpe de Estado contra o Presidente eleito.

 

6°) A derrubada do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, foi tema de reuniões secretas entre representantes do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e militares dissidentes venezuelanos, ao longo de 2017 e início de 2018. Temos uma lista de intervenções infames dos EUA: a invasão fracassada da Baía dos Porcos em 1961, promovida pela CIA com o intuito de derrubar Fidel Castro como líder de Cuba; o golpe de Estado no Chile em 1973, que teve o apoio dos EUA e deslanchou a longa ditadura militar de Augusto Pinochet; o apoio sigiloso dado pela administração Reagan aos rebeldes de direita conhecidos como 'contras' nos anos 1980 na Nicarágua."

 

 

7ª) Eles não pensaram no Povo Venezuelano quando tentam sufocar a economia de um país soberano e democrático, ficando sem remédios, comida e com grandes problemas financeiros, em nome de seus pensamentos e ideologias de apoio a direita do país que tenta aplicar um golpe de Estado dentro da Venezuela. 

 

Observação: Foi observado ainda que até os setores privado da economia tentava gerar situação de caos para derrubar o Governo fazendo com que a infração desaparece e que a economia capengase de propósito.

 

Vão em caravanas para esses países que aplicaram sanções e bloqueios a Vanezuela e pedem ajuda para eles. Esses países colocaram vocês para correr. Os EUA tinha bloqueado a entrada de Venezuelanos lá com medo de atentado, sendo que é ele que faz atentado contra o povo Venezuelano.

 

Se tudo afundar, as leis máxima do país deve sustentar o mes­mo. Por tanto, a Ass­embleia Constituinte deles é o poder máx­imo deles. Além diss­o, poderão modernizar suas leis e Consti­tuição visando o bem o povo deles, e não visando guerra pelo poder ou manter alg­uém no poder pelo re­sto da vida, por isso existe eleições. Toda essa modernizaçõ­es, melhorias e alte­rnância na leis deles vão ser aprovadas muitas pelo povo em plebiscitos.

 

Outra coisa, o Estado de Israel dissolver o Congresso dele, a pouco tempo? Por que ninguém foi lá questionar ele?

 

Dialoguem, pois assim, vocês resolverão os problemas. Não estou aqui para defender um ou outro, mas o que é certo e justo.

 

Observações Importantes:

 

1ª) Aquela eleição de 20 de Maio de 2018 na Venezuela contava com 200 observadores internacionais que faziam o papel de fiscais, além disso:

 

https://www.brasildefato.com.br/2018/05/19/mais-de-200-observadores-internacionais-acompanham-eleicao-presidencial-venezuelana

 

2ª) Observação sobre a segurança das Urnas Eleitorais da Venezuela: O relato sobre os aspectos técnicos sobre o quesito à prova de fraude das Unas Eleitorais Venezuelana: Urnas eletrônicas com 100% de identificação biométrica. E que imprimem todos os votos nela depositados, para que cada eleitor possa verificar a correição do registro e então depositá-lo, também, em uma segunda urna, física. Ademais, cada urna imprime, ao final do dia, um relatório – i.e., ainda na Zona Eleitoral – indicando a votação que cada candidato/ partido obteve na mesma. Ou seja, há uma dupla contraprova física em cada Zona Eleitoral – (i) individual – as cédulas de cada eleitor depositadas na urna física; e (ii) coletiva – o relatório impresso da urna eletrônica – a dissuadir quem porventura planejasse defraudar a totalização dos votos “eletrônicos”, já no equivalente local aos “TREs”. Caso isso fosse tentado, tal dupla impressão – de votos individuais e de relatórios coletivos – permitiria rápida verificação.

 

3) Tentativa de Golpe:

 

https://www.brasildefato.com.br/2020/05/11/cinco-crimes-previstos-no-contrato-de-invasao-a-venezuela-assinado-por-juan-guaido

 

4ª) Confirmação disso:

 

https://operamundi.uol.com.br/politica-e-economia/64580/assessor-de-guaido-admite-que-contratou-empresa-norte-americana-para-invadir-venezuela

 

5ª) Uma carta aprendida em um escritório de advocacia prova o envolvimento de Guaidó nos planos de golpe na Venezuela com a empresa Silvercorp. E Cliver Alcalá Cordones deu uma entrevista e publicou uma série de vídeos na sua página na rede social Twitter revelando um plano de assassinato ao presidente Nicolás Maduro, elaborado por ele junto com o deputado opositor Juan Guaidó e assessores do governo dos Estados Unidos.

 

6ª) Os Estados Unidos bloquearam um comunicado de imprensa proposto pela Rússia ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que condenava o uso de uma força de mercenários na Venezuela, supostamente contratada pela oposição, com o objetivo de depor o presidente, Nicolás Maduro.

 

7ª) O papel da Mídia na Venezuela nos últimos acontecimentos é idêntico a esse aqui:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Golpe_de_Estado_na_Venezuela_de_2002

 

www.youtube.com/watch?v=NO0kNDOLisg

 

www.youtube.com/watch?v=qQ7P2ee-gIs

 

8ª) Guaidó é acusado pelo procurador geral de traição à pátria por supostamente participar de negociações para entregar a região do Esequibo - território de 160 mil km², em disputa histórica com a Guiana.

 

A denúncia teve como base a gravação de uma ligação telefônica entre Vanessa Neumann, do departamento de Defesa dos Estados Unidos e Manuel Avendaño, assessor de Guaidó, na qual ambos comentavam sobre a entrega da região em disputa à empresa ExxonMobil.

 

9ª) No livro:  As memórias de John Bolton, conselheiro de Segurança Nacional do presidente Donald Trump é relatado o seguinte:

“O presidente, escreve Bolton,  chegou a dizer que invadir a Venezuela seria “cool” e que o país “é realmente parte dos Estados Unidos”. O ex-conselheiro descreve uma considerável inconsistência e frequentes hesitações de Trump em relação à Venezuela. Em 2018, para se conectar com suas bases na Flórida, falou com força de seu desejo de derrubar Maduro. Mas Bolton afirma que o presidente tampouco tinha clareza em apoiar Guaidó, e pouco depois de que os Estados Unidos o reconheceram como presidente legítimo manifestou sua preocupação, pois lhe parecia uma “criança” em contraste com o “forte” Maduro e cogitou uma retificação.”

 

“Logo após o ataque do drone, durante uma reunião não relacionada em 15 de agosto, a Venezuela apareceu e Trump me disse enfaticamente: "Faça isso", ou seja, se livre do regime de Maduro.”

No livro de As memórias de John Bolton existe muitos mais relatos das atitudes de Trump contra a Venezuela. Basta lê-lo.

 

10ª) Em todo esse golpe e confusão, muitas bases democráticas e de liberdade de expressão foram paralisadas na Venezuela, paralisadas na tentativa de estabilizar o país. No entanto, essas bases através de acordos devem começar a ser desbloqueadas quando houver garantias de estabilização e nenhum golpe de estado.
 

11ª) Perguntam para os Venezuelanos se eles estão gostando de Guaidó fazer eles passa fome e ter o país grande instabilidade e o povo ter grande problema financeiro, pois foi Guaidó e os EUA que fizeram isso? Pergunta os Venezuelanos se eles estão gostando de Guaidó e os EUA tentar destruir o países deles? Agora vocês perguntem se eles querem Guaidó como presidente?

 

Pergunta para os Venezuelanos se eles estão gostando da Oposição queimar e explodir as infra-estruturas e os sistemas do país?