Uma revisão crítica dos livros do Padre Quevedo e da sua Parapsicologia.
Esclareço desde já que eu não tenho religião, mas por achar necessário fazer a contenção dos ataques e das perseguições do Padre Quevedo ao Espiritismo, resolvi publicar esse artigo escrito por mim, com auxílio de textos variados de referências bibliográficas.
Uma revisão crítica dos livros do Padre Quevedo e da sua Parapsicologia
Os escritos e o trabalho realizados pelo Padre Oscar González Quevedo são muito conhecidos e divulgados tanto na Espanha quanto na América Latina. Além de ser autor de várias obras parapsicólogicas, é diretor do CLAP – Centro Latino Americano de Parapsicologia, em São Paulo.
Seus escritos, à primeira vista, impressionam por sua volumosa documentação e por oferecerem a seus leitores uma série de argumentos e observações que parecem esclarecer muito da confusão que impera nos fenômenos paranormais.
Dissemos "à primeira vista" porque, ainda sem negar que em suas obras se recompila uma abundante quantidade de trabalhos clássicos, se lhe fazemos uma revisão crítica e detida em seus argumentos e documentação, nos defrontaremos com algo que nos causa estranheza. O que pareciam ser citações fidedignas de documentos, em ocasiões não infreqüentes, são distorções dos originais; seus raciocínios se debilitam consideralvelmente ao nos depararmos com a sutileza com que usa diversas falácias; o que parecia ser uma conclusão irrefutável, ao tratar-se de verificá-las nos documentos citados, mostrou-se insustentável, devido ao manejo de documentos.
O fato de que nos livros de um autor que se tem em tão alta estima se encontrem freqüentes contradições, omissões, distorções, erros e falácias, não é fácil de se pensar. E mais, teria o leitor toda razão em exigir, sem ambigüidade nenhuma, a quem faz tal asserção, que apresente evidência clara e consistente de que isso é assim. É meu propósito, pois, apresentar ao leitor parte das inconsistências que tenho encontrado nos escritos de Quevedo.
Digo "parte", já que em meu fichário tenho listados, apenas do livro "As Forças Físicas da Mente", mais de 70 erros ou manejos indevidos de evidência. Os erros encontrados em "O que é Parpsicologia?" e " A Face Oculta da Mente", ainda que consideráveis, não alcançaram o número alarmante que encontramos em "As forças …".
Esclareço que meu interesse em revisar a documentação apresentada pelo Pe.Quevedo vem se realizando desde o ano de 1972. Em 1973, publiquei privadamente o ensaio que entitulei "Katie King", onde faço constar que González-Quevedo, em mais de duas dezenas de ocasiões, manipula a evidência a seu gosto, além de cometer erros crassos. Entre os anos 1973-1976 publiquei privadamente mais três ensaios sobre as obras do Pe. Quevedo, de onde continuava o trabalho de investigação de suas fontes. Finalmente, em 1977 publiquei meu ensaio "Uma revisão crítica dos escritos de Oscar González Quevedo, S.J.", onde enumero 50 erros ou distorções do material do Pe.Quevedo
Sobre o material que me permitiu expôr uma continuação, decidi dividí-lo em cinco partes.
Estas são: contradições, omissões, distorções, erros e dogmatismo.
Às vezes sua classificação é díficil porque em um só parágrafo podem haver dois dos ditos fatores. Desejo, em último lugar, enfatizar e advertir que a dita lista não pretende ser exaustiva. Só nos adverte sobre a necessidade de nos acercarmos do material que nos apresenta o Pe.Quevedo com cautela e desconfiança. (nota: Enquanto não se indique o contrário, todas as referências são ao livro "As Forças Físicas da Mente".)
Contradições
1ª) Sobre o Médium Guzik, na página 159, tomo I, nos diz: "Otro gran médium que se presenta muchas veces como fraudulento, pero que tal vez deba entrar tambiém entre los que ‘al menos probablemente’ van en pro de la telecinesia real, es el polaco Jean Guzic." (página 162, tomo I, na edição em português: "Outro grande médium, que é muitas vezes apresentado como fraudulento, mas que se bem analisados os argumentos, ‘provavelmente’, ao menos, está em prol da telecinesia real, é o polaco Jean Guzik."). Na página 18, tomo II, esse "talvez" se converte em "creemos que sus qualidades parapsicológicas están fuera de duda". (página 325, tomo II, na edição em português: "cremos que suas qualidades parapsicológicas foram incontestáveis".) Evidência-se a divergência.
2ª) Na página11, tomo II, Quevedo alega que foi "só" em "o Círculo Minerva" que a médium Eusápia Palladino materializou figuras completas, "em vez das habituais mãos e membros rudimentares". (página 317, tomo II, na edição em português: "só neste círculo Espírita "e" em vez das habituais mãos ou membros rudimentares"). É o prórpio Quevedo quem desmente isso. Na página 181, tomo II, diz: "Todos os investigadores (de Eusápia AMT) estão de acordo que as aspirações de formas completas eram raríssimas. Em Nápoles, Visani viu uma forma muito grande de homem, mas era muito vaga. Maxwell viu em Agnelas uma silhueta negra…" (página 493, tomo II, na edição em português: "Todos os investigadores estão de acordo que as aparições de formas completas eram raríssimas. Em Nápoles, Visani viu uma forma de homem muito grande, mas era muito vaga. Maxwell viu uma silhueta negra em Agnelas…)
3ª) Ainda que nas páginas 80-87, etc., do tomo I, (páginas 88 a 92 na edição em português) diga que as irmãs Fox eram totalmente fraudulentas e defenda tenazmente sua posição, citando Crookes em outro capítulo (p.71) (página 75, tomo I, na edição em português), que sustenta que os fenômenos de Fox são genuínos, Quevedo concorda! O mesmo ocorre na página 240 e na 96 (242 e 84 na edição em português) onde novamente cita Crookes, dizendo que suas experiências de tiptologia são genuínas. E tal citação é precisamente de Crookes referindo-se a FOX!.
Omissões
1ª) Na página 83, tomo II, diz Pe.Quevedo, sobre a médium Cook: "Sintomaticamente também a médium nessa ocasião nem sequer está sentada no sofá como era seu costume, senão está agachada ou deitada no chão, para obrigar Crookes a se agachar…" A falsidade dessa alegação, engenhosa, por certo, é demonstrada examinando-se vários relatórios. Crookes, resumindo o caso King, diz: "Com frequência a tenho seguido à cabine e, às vezes, tenho visto as duas juntas, mas geralmente não tenho encontrado nada, exceto a médium em transe deitada no chão…" Mais tarde, disse Crookes, referindo-se às sessões em geral realizadas em sua casa: "Ao entrar na cabine, a senhorita Cook se deita no chão com a cabeça em uma almofada e logo cai em transe."
O Sr. Colemam, quando as viu juntas em outra sessão, e ao olhar dentro da cabine, disse: "…Tive muitas oportunidades de olhar dentro da cabine e vi Florie deitada no chão…"
Há mais citações, mas creio que estas bastam para desmentir a acusação do Pe. Quevedo.
2ª) González Quevedo, ao esboçar sua teoria da ectoplasmia, alega que essa misteriosa e controversa substância chamada ectoplasma, o máximo que pode conseguir é formar membros ou figuras "rudimentares" e "imperfeitas".
Sobre o médium D. D. Home, diz o Pe. Quevedo que "jamais poderia imputar um truque". E é sintomático que as ectoplasmias do bem-dotado Home sempre tenham sido rudimentares". Quevedo passa a fudamentar sua asserção citando extensamente a Sir William Crookes (p.281), onde parece demonstrar que as "mãos" que costumavam apresentar-se em suas sessões eram vagas e pouco precisas.
No entanto, é inquietante pensar por que o Pe.Quevedo não transcreveu o parágrafo seguinte do testemunho de Crookes, que é de sumo interesse e importância para fudamentar ou rejeitar sua teoria. Diz Crookes:
" Ao toque, a mão às vezes parece fria como o gelo e como morta; em outras ocasiões, sensível e animada, e aperta minha mão com uma pressão firme, da mesma forma como faria um velho amigo."
Não cremos que o Pe. Quevedo tenha sido muito afortunado em omitir este parágrafo. Justamente onde o próprio Crookes desmente as características que González Quevedo arbritariamente atribui ao ectoplasma!
Mais estranho ainda é notar que nas biografias de Home, tais como a de Burton ("Heyday of a Wizard") e a da senhora Home ("D. D. Home: his life and His Mission"), detalham-se observações parecidas com as de Crookes, onde o suposto ectoplasma tomou formas precisas e definidas, inclusive sensíveis ao toque. É difícil pensar porque o Pe. Quevedo omite toda essa documentação, ainda mais quando o faz seletivamente, como no caso de Crookes.
3ª) Em "A Face Oculta da Mente", páginas 356-357, o Pe.quevedo trata de desacreditar a hipótese espírita ao pôr na boca da senhora Piper, uma das mais renomadas médiuns mentais, o seguinte: "Não creio que os espíritos dos mortos falem por intermédio de mim quando estou em estado de trranse… A telepatia me parece mais plausível e a mais justa solução para o problema."
Essa citação é importante para a tese de Quevedo, e assim ele a afasta: "Ela mesma, como temos visto, auto-analisando-se, afirma que tudo quanto percebe está na memória inconsciente de alguém."
A "confissão" citada pelo Pe.Quevedo, para informação do leitor, apareceu originalmente no periódico "New york Herald" em 20 de outubro de 1901. É interessante notar que a própria senhora Piper desmentiu parcialmente a entrevista para o dito periódico. Isto o sabemos porque a senhora Piper declarou cinco dias depois ao "The Boston Adviser": "Eu não fiz nenhuma declaração como a publicada pelo New York Herald ao fato de que os mortos não me controlam… Minha opinião é hoje a que tem sido nos últimos dezoito anos. Pode ser que os espíritos tivessem me controlado, ou pode ser que não tenham feito. Confesso que não sei."
Ainda que haja indícios de que a senhora Piper não simpatizasse muito com a hipótese espírita, é um procedimento duvidoso ao máximo apresentar ao leitor a "confissão" de Piper do "New York Herald" sem advertir ao leitor da correção deste em "The Boston Adviser". E ainda mais quando o Pe. Quevedo dá tanto peso a isto.
4ª) Em "A face oculta da mente", González Quevedo alega que em todas as experiências realizadas com o clarividente Stepham Ossowiecki (e não Ossoviestzki, como aparece repetidamente em seu livro), os que escreviam a mensagem no envelope estavam presentes, o que não excluiria a Hiperestesia Direta do pensamento (HIP). Diz ele: "A todas podemos fazer as mesmas críticas: não se exclui plenamente a HIP. Em todas elas estavam presentes as pessoas cujos pensamentos Ossoviestzki devia (sic) ‘ler’".
Essas declarações de Quevedo só podem ser tachadas de "curiosas", já que o prórpio Dr. Gustave Geley, em sua obra "Clarividência e Materialização", dedica mais de 40 páginas aos experimentos realizados por ele ou outros, onde se fazia precisamente com que a pessoa que escrevia a mensagem não estivesse presente, e menos ainda dissesse o conteúdo de seu escrito a outros.
Assim, sua asserção de que em "todas" as experiências estava a pessoa é simplesmente falsa.
Distorções
1ª) O Pe.Quevedo trata de desacreditar o caso da senhora Piper, médium mental, não só omitindo-nos dados relevantes à sua avaliação, senão que, além disso, desacreditando seus investigadores. Assim por exemplo, nos diz de Lodge: "Lodge, que também fez experimentos com Piper, reconheceu (antes que o rude golpe não superado da morte de seu filho lhe debilitasse o sentido crítico e lhe fizesse inclinar-se ao espiritismo)…" (Veja "A Face Oculta da Mente", pp.355-356.)
Vejamos quão certo é isso. Sir Oliver Lodge manteve sessões com Piper desde 1889, e chegou a participar inclusive das sessões mais bem controladas. O filho de Lodge, de nome Raymond, morreu em 14 de setembro de 1915. No entanto, já em um Proceedings da Society for Phychical Reserch (parte 58, p.284) de 1909, seis anos antes da morte de seu filho, declarou Lodge:, "A antiga série de sessões com Piper me convenceram da sobrevivência, por razões que me seriam difíceis de formular, mas este foi seu efeito em mim." E, mais adiante, diz: "A hipótese da sobrevivência da personalidade… é a mais simples e a mais certa, e a única que se encaixa com tudo o que ocorreu."
A distorção a que se dá ao luxo o Pe.Quevedo, de querer fazer ver a Lodge como limitado criticamente pela morte de seu filho é outra das muitas que se dissipam ao conhecer e rebuscar as fontes originais.
2ª) Em "As Forças Físicas da Mente", tomo 2, páginas 181-186, Quevedo tenta analisar uma suposta materialização de uma menina que foi presenciada pelo investigador Harry Price, na Inglaterra. As acusações de Quevedo contra Price são sérias, chegando inclusive a dizer que Price inventou a citação da sessão e que " só enganou os que já estavam enganados…"
Quevedo alega que "nas mesmas expressões de Price se descobre o charlatanismo". Mas, quais são essas expressões? Bom, Quevedo faz notar que Price diz que haviam "onze pessoas" na sessão e assim o cita: "A sessão terminou. Estávamos presentes os onze." Torna-se óbvio que um só investigador não pode controlar tal conglomerado de gente.
Mas, se vamos à fonte original ("Fifty Years of Phychical Research", primeira edição), lemos algo muito diferente:
"Em unz quinze minutos, ‘Rosalie’ tinha-se ido. Eu não senti nem a ouvi sair, mas quando o relógio da sala tocou onze horas, a senhora X me informou que a sessão havia terminado."
Price não disse que havia tantas pessoas, se não as onze da noite em que tocou o relógio!
3ª) Outra "contradição patente" que Quevedo alega se encontrar no relato de Price, é que Price "havia colocado pó no pavimento para fixar as pegadas de qualquer pessoa que caminhasse pela sala; depois afirma que aparece uma menina de carne e osso… Não obstante, afirma que "o pó havia permanecido intacto! Em seu rancor, Price exagerou pensando que poderia rir dos investigadores da Sociedade de Investigações Psíquicas."
Mas aqui há uma distorção patente do sucedido, já que Price derramou amido "em frente à porta e à chaminé". Portanto: 1. É falso que o propósito era recolher marcas por toda a sala, como disse Quevedo; 2. Se Price espalhou amido só em frente à porta e à chaminé, não há nenhuma contradição em dizer que se ouviram passos no quarto e ˜não haver pegadas na porta e na chaminé.
O curioso de tudo isso é que sendo Quevedo quem comete a inconsistência e os erros, quer atribuí-los a Price como prova de que o relato era uma fraude de Price!
4ª) Outro exemplo claro onde pegamos o Pe.Quevedo em flagrante é em sua menção a uma sessão de Aksakoff com Florence Cook (tomo 2, pp70-71), onde Luxmoore e Aksakoff amarram a médium de forma pouco usual. De fato, tão extenso é o relato das amarras, que ocupam 110 palavras do testemunho de Aksakoff. O Pe.Quevedo, no relato que cita, não só omite todo o concernente às complicadas amarras como também, além disso, em uma parte do relato em que se faz imprescindível conhecer sobre estas, corta a oração sem nem sequer colocar as reticências. Comparemos os relatos:
QUEVEDO: "Encontrei-me na presença da médium sentada na poltrona, submersa em um profundo transe."
AKSAKOFF: "Encontrei-me então só e em presença da médium, que se encontrava sentada em uma poltrona em um profundo transe, com as mãos amarradas atrás de suas costas."
Omitindo parte desta oração, e todo o relato anterior das amarras, se distorce o propósito da sessão e fica fácil para o Pe.Quevedo explicá-la a seu gosto.
Erros
Erros de dados, datas, nomes, etc., são numerosos. Ilustraremos com três exemplos.
1ª) Na página 11, tomo 2, González Quevedo afirma que os componentes do Círculo Minerva, onde vários cientistas nobres se reuniam e faziam experimentos com Palladino, eram todos "espirítas declarados". Aqui há um grave erro, pois certamente nem Morselli nem Porro eram "espíritas". De fato, Lombroso em seu livro "After Death – What?" ataca fortemente a Morselli por seu anti-espiritismo. Porro, em sua famosa declaração, especificou claramente que não aceitava a hipótese espírita. Outros dos que formaram o Círculo Minerva, como Vassallo, se converteram ao espiritismo em base às sessões, não antes.
2ª) Na página 90, tomo 2, Quevedo resume dizendo que Crookes abandonou a hipótese espírita rapidamente em seus estudos. Aqui há um erro, pois sabemos bem que Crookes morreu acreditando no Espiritismo e acreditando que havia se comunicado com sua esposa. Veja o estudo de Medhurst e Goldney, em que se demonstra isto através de cartas.
3ª) O Pe.Quevedo, ao começar a analisar a mediunidade de Compton, na página 97, cita: "Minha primeira sessão com a médium aconteceu na noite de 20 de fevereiro de 1874."
No entanto, o original diz: "Minha primeira sessão com a médium aconteceu na noite de 30 de janeiro." Incrível, mas certo. E advertimos que usamos a primeira edição, como o Pe.Quevedo. (Veja o livro "People From the Other World", de Olcott.)
Dogmatismo
O dogmatismo marcado do Pe.Quevedo se reflete em todas as suas obras. Aquele com quem não combina é titulado, com frequência, de "um enganado", "espiríta" e "anti-científico". Muitas de suas conjecturas perdem essa qualidade ao virar-se umas páginas mais adiante em fatos estabelecidos.
Prova disso não é difícil de se oferecer. Por exemplo, no tomo I, página 287, se diz: "os fenômenos parapsicológicos não são nem podem ser do "além" (a não ser raramente, por força divina apenas)."
Em seu livro " O que é Parapsicologia", página 113, diz que "outra das principais conclusões da Parapsicologia teórica é a confirmação de que não há comunicação natural entre os vivos e os mortos".
Nesse mesmo livro(p.116), diz que o "Milagre de Fátima" foi uma alucinação divina. "É o selo divino para confirmar que as alucinações eram verdadeiras, de origem sobrenatural."
E na página 109 diz que as profecias da Bíblia têm sido "cientificamente" provadas. Diz este: "Trata-se de Deus, é fenômeno sobre-humano."
Que tem a dizer sobre tudo isso um parapsicólogo que estime de alguma forma a ciência? Primeiro que tem que esclarecer que o Pe.Quevedo ao dizer que "a Parapsicologia teórica" tem rechaçado o Espiritismo, só está expressando sua opinião particular. Como bem assinala Rogo: "Atualmente não há opiniões reconhecidas em geral na Parapsicologia sobre a sobrevivência após a morte."
Segundo, sua insistência de que "Deus", "a Virgem" e a "Ordem Sobrenatural", têm se manifestado abertamente, e que isto está "cientificamente" demonstrado, é mais uma asserção teológica e apressada, que científica. Em nenhum de seus livros encontramos nem sequer as razões mínimas para conter ditas informações tão categóricas. No entanto, disse-nos que estão "provadas", e nada menos que pela ciência!
Da mesma forma, outras muitas conjecturas, as quais costumam passar como "princípios" e "leis" sobre como deve atuar o ectoplasma, os limites da percepção extra-sensorial, etc., não nos parecem estar fundadas na razão e em firme documentação.
Conclusão
A obra de Quevedo não é fácil de ser julgada. Por um lado, seus conhecimentos sobre a história da Parapsicologia parecem ser vastos e impressionantes. No entanto, há razões mais que suficientes para concluir que Quevedo utiliza tal conhecimento para justificar seus fortes preconceitos ideológicos e teóricos, os quais evidentemente guardam certo compromisso com determinadas doutrinas da Igreja Católica. Portanto há, justificativa suficiente para rotular o Pe.Quevedo não como parapsicólogo, mas sim como um autor proselitista que deseja impulsionar de maneira desmedida sua ideologia católica.
Tratadistas como Gillispie (1958), Russel (1930) e White (1896) enfatizaram que a história da ciência conta com inumeros exemplos de como uma ideologia religiosa implacável e apaixonada como a de Quevedo costuma ser incompatível com o espírito cientifíco. Na ciência, as conclusões costumam expôr-se como tentativa e sempre tendo em conta a falibilidade que tanto Popper (1962) enfatizou. Para o Pe.Quevedo, no entanto, a ordem do dia são as declarações categóricas, a formulação de "leis" arbitrárias e a impaciência e o desdém ante autores e investigadores que defendem posturas diferentes às dele. É óbvio que seu proceder o desarraiga do campo da Parapsicologia científica.
Isto que assinalamos também tem sido notado por outros autores. Por exemplo, Hess(1987) indicou recentemente que " Oscar Gonzalez Quevedo reinterpretou a Parapsicologia dos Estados Unidos e da Europa à luz da doutrina da Igreja Católica… para obstaculizar as bases científicas do Espiritismo, da Umbanda e das religiões afro-brasileiras"(p.26).
Além disso, Rueda (1991) em um artigo recente no Journal of Parapsychology, faz o importante assinalamento de que Quevedo "tem usado a Parapsicologia como uma arma ideológica em uma briga para marcar sua perspectiva conceitual particular… De fato, para atingir suas metas, o Pe.Quevedo tem distorcido a Parapsicologia em seus livros, querendo, a maior parte do tempo, acomodar dogmas católicos à sua conveniência"(p.183).
Ainda que seja certo que a ideologia permeie toda atividade científica (Longino, 1990), no caso de Quevedo esta toma uma primazia quase absoluta, ficando marcadamente afastado em suas obras o espírito crítico, a falibilidade e a tolerância que deve caracterizar o esforço de toda pessoa que valorize a atividade científica (Popper, 1962). Em vez disso, no Pe.Quevedo encontramos o tratadista escolástico, que crê que a crítica e o trabalho de cadeira são suficientes para modelar uma determinada disciplina.
Neste artigo demonstramos, precisamente, as conseqüências nefastas que os compromissos ideológicos têm sobre o intelecto humano. O Pe.Quevedo, em seu entusiasmo por defender suas idéias particulares, demonstra pouco cuidado no momento de citar os textos, acomoda as citações à sua conveniência e, sobretudo, seu estilo e a maneira de apresentar casos e evidências o distanciam consideralvelmente de qualquer pessoa que de algum modo estime a Parapsicologia como uma disciplina científica.
É penoso dizer, mas o que poderia ter sido uma contribuição científica, de erudição, de análise rigorosa e imparcial, se converteu em um trabalho inconsistente, de credibilidade duvidosa, palpavelmente dogmático e onde o preconceito e o a priori personalista jogam uma parte tão proeminente.
Observações:
1ª) O proselitismo é o intento, zelo, diligência, empenho ativista de converter uma ou várias pessoas a uma determinada causa, idéia ou religião.
O proselitismo de Padre Quevedo fica evidente não só nos seus livros, mas também quando disse que com muita insistência conseguiu convencer seus dois tios que eram espíritas, a passarem a ser católicos.
2ª) Em um trecho de uma entrevista com Padre Quevedo foi perguntado a ele o seguinte:
O senhor nega a comunicação dos mortos com os vivos, entretanto, como explicar a transfiguração do Tabor (em Israel) quando Jesus foi envolvido por uma nuvem e nela apareceram Elias e Moisés? Não foi uma evidência de que os mortos aparecem?
Ele disse como resposta o seguinte:
Não. Moisés é um símbolo da Lei e Elias é um símbolo dos profetas. Cristo, ao transfigurar-se, num magnífico Milagre, simbolizou o despertar dos apóstolos que estavam como que dormindo. Foi quando São Pedro disse: "Façamos três tabernáculos e comentem o Evangelho". Isto aconteceu porque os apóstolos naquele momento, estavam completamente em transe, sem saber o que diziam, e a aparição de cristo para eles representou, simbolicamente, a Lei e os Profetas. Foi uma metáfora. É preciso que se saiba que, tomar os ensinamentos da Bíblia ao pé da letra é falta de respeito. A transfiguração de Cristo foi um Milagre, mas as "presenças"(visões) de Moisés e Elias naquele episódio simbolizavam claramente a Lei e os Profetas, o que Cristo queria que os apóstolos se lembrassem.
Contra-argumentação minha:
Essa resposta do Padre Quevedo está certa não em totalidade, pois que provas contundentes, verídicas ou científicas o Padre Quevedo tem que os apóstolos estavam completamente em transe naquele momento? E porque omitiu ou deixou de argumentar o trecho em que Jesus diz aos apóstolos:
Ao descerem do monte, ordenou-lhes que a ninguém contassem o que TINHAM VISTO, até que o Filho do Homem ressuscitasse dos mortos.
3ª) Quando o fenômeno sobrenatural acontece no seio da própria Igreja, aí ele diz que é milagre. Há dois problemas: se ele não acredita em milagre e diz o contrário, apenas para evitar problemas com seus superiores, como já aconteceu no passado, incorre em mentira. Se realmente acredita, não é um parapsicólogo, como pretende. A parapsicologia, ciência experimental, não admite a derrogação da lei natural.
4ª) Com relação à argumentação de que os Médiuns que possuem o dom de cura recorrem a hospitais e a médicos para se tratarem de problemas de saúde, em vez de utilizam o dom que têm para se curarem, por esta razão são charlatões.
Aqui vos digo que se uma pessoa em sã consciência mental achar que é somente a fé e nada mais a responsável por curar as pessoas, digo com grande propriedade que essa pessoa não acredita plenamente na misericórdia de Deus. Portanto, se um médium recorrer a utilizar o dom da cura que possui, além de não acreditar plenamente na misericórdia de Deus, ele pode ser em quadrado em duas situações que são: possuir uma fé cega imensurável ou se achar Jesus Cristo. Ora, nem Chico Xavier que era um homem de grande fé recorria a dons para se tratar, o que ele fazia era manter sua fé inabalável e procurava os meios medicinais tradicionais, pois a final, a medicina também é ciência de Deus.
5ª) Com relação à argumentação de que os Médiuns que possuem o dom de cura exercem ofício ilegal de medicina, previsto em lei.
Em primeiro lugar, não são os médiuns que exercem os ofícios de medicina, mas sim as entidades espirituais que em vidas passadas foram médicos diplomados pelos centros acadêmicos, uma prova disso reside muitas vezes no pouco estudo dos médiuns de grandes efeitos espirituais, pois não existe ciência mental no mundo que explique, logicamente e veridicamente, como um ser humano sem nunca ter estudado medicina na vida consegue fazer diagnósticos e promover tratamentos com tamanha precisam, e sem haver até hoje uma única morte provocada por esse suposto ofício ilegal de medicina, pelo contrario, só se houve elogios e graças.
Em segundo lugar, se um médico que esteja a milhares de milhares náuticas de um centro médico precisar fazer um diagnóstico e promover um tratamento lançar mão somente de meios eletroeletrônicos e mecatrônicos, como vídeos conferencias e manipulação de alta precisão de robôs cirúrgicos a longa distancia, ele promove Ofício ilegal de Medicina? Ora, qual é a diferença? Assim como os aparelhos eletroeletrônicos e mecatrônicos são os instrumentos do médico distante, o médium é o instrumento pelo qual a entidade espiritual lança mão para promover seu trabalho de ajuda aos necessitados. Mas se dizer que a questão não é essa, mas sim a de que existe ou não a entidade espiritual presente com o médium fazendo esse trabalho, responderei que é a mesma coisa de perguntar: quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha?
Em terceiro lugar digo que olhando os vários exemplos da bíblica sagrada não é difícil achar situação parecida de acusação, como por exemplo, a acusação de Jesus Cristo de que ele feria a Lei ao curar as pessoas no Sábado. No fundo, não era com a lei que eles estavam preocupados, mas sim estavam com inveja e ódio de Jesus Cristo por tudo que ele fazia.
6ª) Com relação às acusações que o Padre Quevedo fez a Chico Xavier e a outros médiuns.
Analisando biblicamente, as acusações do Padre Quevedo são muito parecidas com as acusações lançadas a Jesus Cristo, que são:
1) Possesso – Mateus 12,24-39; Mc. 3.22-30, Lc. 11.14-23.
“Ele está possesso… e é maioral dos demônios (belzebu) que expele os demônios” (Marcos 3.22).
2) Louco - Marcos 3.20,21, 31-35.
“Os parentes de Jesus… saíram para O prender; porque diziam: está fora de si” (Mc. 3.21).
3) Blásfemo - Mateus 26. 63-65; 9.3.
“Então o Sumo-sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: blasfemou!” (porque Jesus se declarou Filho de Deus).
4) Conduta Duvidosa - Lucas 7. 36; 39; 40-50.
“… se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, porque é pecadora” (tem amante, suspeita) – Lc. 739).
5) Charlatão – João 7. 10-13.
“Uns diziam: Ele é bom. E outros: Não, antes engana o povo” (Jo. 7.12).
6) Megalomaníaco – João 2.13-22.
“Jesus lhes respondeu: Destruí este Santuário, e em três dias o reconstruirei. Replicaram os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu, em três dias, o levantarás?” (sonhando com coisas impossíveis).
7) Devasso – Mateus 11.16-19.
“Veio o Filho do Homem que come e bebe, e dizem: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publícanos e pecadores” (Mateus 11.19) (Porque Jesus participava das festas e comia e bebia com pecadores).
8) Contra a Lei – (Quebrava a lei de Moisés) – Mt. 12.1-8; Marcos 2.23-28; 3. 1-5; Lc. 6.1-11.
“E alguns dos fariseus disseram: Por que fazeis o que não é lícito aos sábados?… Os escribas e fariseus observavam-no, procurando ver se Ele faria a cura no sábado, a fim de acharem pretexto para o acusar” (Lc. 6.2,7).
7ª) Será que o padre Quevedo tem plena convicção a respeito de suas idéias ou apenas está interessado em combater o Espiritismo?
Respeitáveis pesquisadores, no passado, renderam-se à realidade espírita, a partir de suas experimentações. O fato de Quevedo manter-se irredutível, diante de fenômenos espirituais notáveis, onde se evidencia a presença dos Espíritos, demonstra que ele não está interessado em pesquisar com isenção. Quer simplesmente combater o Espiritismo. É uma idéia fixa. Felizmente, o efeito é sempre contrário, transformando-o em grande divulgador do Espiritismo. Por onde passa, desperta interesse em torno do fenômeno. Pessoas dotadas de um mínimo de bom senso percebem que a realidade apresentada nos princípios codificados por Kardec é muito mais simples e convincente do que as fantasias propostas pelo padre.
Além disso, se aprouver a um Homem formular um sistema excêntrico, baseado unicamente nas suas ideias e com exclusão da verdade, ao se omitir dados, pode ter-se a certeza de que tal sistema conservar-se-á circunscrito e cairá, diante dos fatos que surgirão de tempos em tempos nas diversas partes do globo Terrestre, conforme os múltiplos exemplos que já se conhecem. Portanto, jamais esperem que vigore um sistema de ideias no qual cada um explicava à sua maneira os fenômenos entre o mundo visível e o mundo invisível sem antes conhecer as leis verdadeiras que os regem e os relacionam entre os dois mundos.
8ª) Quevedo freqüentemente desafia os Espíritos, pedindo que eles realizem SINAIS para poder comprovar os Dons dos Médiuns, ou pedindo para eles FALAREM EM LINGUAIS MORTAS para poder comprovar a identidade desses espíritos. Mas os espíritos se recusam a fazer tais comprovações, então o Padre Quevedo procura demonstrar que tudo não passa de um processo de sugestão ou de uma farsa.
Porque então os espíritos não aceitam os desafios?
A resposta desta pergunta está na Bíblia, em um ensinamento que Jesus deixou e que os espíritos de luz o seguem. Esse ensinamento está expresso no julgamento e na crucificação de Jesus Cristo.
Vou citar abaixo alguns trechos desse ensinamento que Jesus Cristo deixou e que os espíritos de luz o seguem:
- Se você é filho de Deus, mostre! Realize os SINAIS que os outros falam que você realiza.
- Cobriam rosto de Jesus e lhe diziam: “Profetiza! Quem é que te bateu?” E o insultavam de muitos outros modos.
- Ao amanhecer, os anciãos do povo, os sumos sacerdotes e os escribas reuniram-se e levaram Jesus ao sinédrio. E o interpelavam: “Se tu és o Cristo, dize-nos!” Ele respondeu:“ Se eu vos disser, não me acreditareis, e se eu vos fizer perguntas, não me respondereis. Mas, de agora em diante, o Filho do Homem estará sentado à direita do Deus Todo-Poderoso”. Então todos perguntaram: “Tu és, portanto, o Filho de Deus?” Jesus respondeu: “Vós mesmos estais dizendo que eu sou!”
- Pilatos o interrogou: “Tu és o Rei dos Judeus?” Jesus respondeu: “Tu o dizes!”
- Herodes interrogou-o com muitas perguntas. Jesus, porém, nada lhe respondia. Os sumos sacerdotes e os escribas estavam presentes e o acusavam com insistência.
- O povo permanecia lá, olhando. E até os chefes zombavam, dizendo: “A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o Eleito!”
- Os soldados também zombavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre e diziam: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!”
9ª) A primeira regra que um cientista tem que saber é que nunca ele terá o direito de saber tudo, de ver tudo e muito menos de dar as respostas de todos os problemas e fenômenos que ocorrem no universo.
Já a segundo regra diz que aquele que não admite o mistério insondável não pode ser nem mesmo um cientista.
A terceira regra que um cientista tem que saber é que ele é ignorante e uma verdadeira anta, e que a ciência nunca terá certeza absoluta de nada, ou seja, ela é falha.
A quarta e última regra que um cientista tem que saber é que a ciência pode mudar da água para o vinho, mas os ensinamentos e as interpretações dos livros sagrados não mudam do dia para noite.
10ª) O respeito pela vida religiosa dos outros, por suas opiniões e seus pontos de vista, é um pré-requisito para a coexistência humana. Isto não significa que devemos aceitar tudo como igualmente correto, mas que cada um tem o direito de ser respeitado em seus pontos de vista, desde que estes não violem os direitos humanos básicos. Mas o Padre Quevedo não pensa desta forma, e é graças a pensamentos iguais ao dele que aconteceram diversas lutas de religiões contra outras religiões e se travaram diversas guerras em nome dessas religiões.
É importante lembrar ainda que tais pensamentos de intolerância, como o do Padre Quevedo, contribuiu para que muitas pessoas fossem perseguidas por causa de suas convicções, e lamentavelmente isso vem acontecendo ainda nos dias de hoje.
Vale lembrar que o resultado de pensamentos iguais a esses é muitas vezes fruto da falta de um conhecimento suficiente sobre o assunto, pois quem vê de fora uma religião, enxerga apenas suas manifestações, e não o que elas significam para o indivíduo que a professa.
11ª) Biblicamente falando, o Padre Quevedo se assemelha aos Fariseus e aos Escribas. Vale a pena lembrar aqui quem eram os Fariseus e os Escribas:
* Escribas. - Nome dado, a princípio, aos secretários dos reis de Judá e a certos intendentes dos exércitos judeus. Mais tarde, foi aplicado especialmente aos doutores que ensinavam a lei de Moisés e a interpretavam para o povo. Faziam causa comum com os fariseus, de cujos princípios partilhavam, bem como da antipatia que aqueles votavam aos inovadores.
* Fariseus (do hebreu parush, divisão, separação). - A tradição constituía parte importante da teologia dos judeus. Consistia numa compilação das interpretações sucessivamente dadas ao sentido das Escrituras e tomadas artigos de dogma. Constituía, entre os doutores, assunto de discussões intermináveis, as mais das vezes sobre simples questões de palavras ou de formas, no gênero das disputas teológicas e das sutilezas da escolástica da Idade Média. Daí nasceram diferentes seitas, cada uma das quais pretendia ter o monopólio da verdade, detestando-se umas às outras, como sói acontecer.
Entre essas seitas, a mais influente era a dos fariseus, que teve por chefe Hillel, doutor judeu nascido na Babilônia, fundador de uma escola célebre, onde se ensinava que só se devia depositar fé nas Escrituras. Sua origem remonta a 180 ou 200 anos antes de Jesus Cristo.
Os fariseus, em diversas épocas, foram perseguidos, especialmente sob Hircano - soberano pontífice e rei dos judeus -, Aristóbulo e Alexandre, rei da Síria. Este último, porém, lhes deferiu honras e restituiu os bens, de sorte que eles readquiriram o antigo poderio e o conservaram até à ruína de Jerusalém, no ano 70 da era cristã, época em que se lhes apagou o nome, em conseqüência da dispersão dos judeus.
Tomavam parte ativa nas controvérsias religiosas. Servis cumpridores das práticas exteriores do culto e das cerimônias; cheios de um zelo ardente de proselitismo, inimigos dos inovadores, afetavam grande severidade de princípios; mas, sob as aparências de meticulosa devoção, ocultavam costumes dissolutos, muito orgulho e, acima de tudo, excessiva ânsia de dominação. Tinham a religião mais como meio de chegarem a seus fins, do que como objeto de fé sincera. Da virtude nada possuíam, além das exterioridade e da ostentação; entretanto, por umas e outras, exerciam grande influência sobre o povo, a cujos olhos passavam por santas criaturas. Daí o serem muito poderosos em Jerusalém.
Acreditavam, ou, pelo menos, fingiam acreditar na Providência, na imortalidade da alma, na eternidade das penas e na ressurreição dos mortos. Jesus, que prezava, sobretudo, a simplicidade e as qualidades da alma, que, na lei, preferia o espírito, que vivifica,a' letra, que mata, se aplicou, durante toda a sua missão, a lhes desmascarar a hipocrisia, pelo que tinha neles encarniçados inimigos. Essa a razão por que se ligaram aos príncipes dos sacerdotes para amotinar contra ele o povo e eliminá-lo.
12ª) “Se um dia me perguntarem o que eu penso do Padre Quevedo, responderei que cada vez mais o fanatismo, o egoísmo, a arrogância e o ódio cegam a sua razão, e isso faz com que ele se afaste cada vez mais da verdade e se aproxime da bizarrice.”
Observação Importante:
Esse cidadão Padre Quevedo com a ajuda dos Padres, Reitor, Vice-Reitores e Professores da Faculdade de Engenharia Industrial (FEI de São Bernardo do Campo) em um ato de loucura e com a ajuda do Partido Político PSDB se voltaram contra minha pessoa, prejudicando eu e outros alunos dentro da Instituição de Ensino. Esses animais não são comprometidos com os princípios básicos da liberdade do saber e do aprendizado.
Os alunos são enganados no aprendizado na hora da aplicação das provas constantemente. Comprovando os grandes índices de reprovações nas provas que a Instituição de ensino exerce a função de instituição de ensino de forma irresponsável e é apoiada por órgãos religiosos e de ensino do país. Mas mesmo com a prática desse ato de loucura contra a minha pessoal em nada conseguiram me prejudicar, pois eu sou muito bem dotado e evoluído em inteligência e saber, sendo comprovado em inúmeros trabalhos e atividades minhas dentro e fora do Brasil.
Que pena que a tal instituição se prestou a tal ato e se comporta dessa forma irresponsável na promoção do ensino para a formação de seus alunos.
Quero muita distância dessa tal instituição de ensino que nada contribuiu com minha formação como Cientista e Pensador.
Melhores Esclarecimentos:
O Centro Universitário da FEI é mantida e administrada pelos Padres Jesuítas. O padre Jesuíta é a preside, Padre Theodoro Paulo Severino Peters, foi presidente do Centro Latino-Americano de Parapsicologia , que hoje é o Padre que Quevedo que é o Presidente. O Padre da FEI é muito amigo do senhor Quevedo. No ano de 2013, enquanto fazia o controle junto com a Polícia Militar de um Distúrbio Civil, resolveram, a PM por questão política, invadir minha privacidade. Como tinha muitas ajuda a Presidente da República, Dilma Ruseffy, combinaram com o Corpo Diretivo da FEI (Reitor Fábio do Prado, e os Vice-Reitores Marcelo Antonio Pavanello e Rivana Basso Fabbri Marino que são adeptos do PSDB e do Sr. Quevedo) de me desqualificarem junto os seus Professores e a mídia do Brasil. O Resultado é esse aqui que vocês viram até agora. A Igreja Católica, que já acobertou Pedófilo em Roma, ignora o fato e disse que os Animais delas estavam certos na História. Ora, afinal, animais protegem animais. Esse Centro Universitário e a Mídia do Brasil e Autoridades desse País foram denunciados por mim, na condição de Cientista e Pensador, para mais de 230 Centros Acadêmicos do Mundo todo e diversos Organismos Internacionais.
Desde então, o MEC concedeu o Nobel para a FEI:
E o Papa Pop lá do seu Coliseu em Roma deu apoio ao seus Laureados:
FEI recebe visita de Superior Geral da Companhia de Jesus.pdf (671289)
Detalhe: Igreja Católica (a tradicional e não a moderna, ecumênica) nunca deixou e deixará de combater o Espiritismo através dos seus setores mais radicais, como é a Ordem dos Jesuítas, conhecida por Companhia de Jesus...
Deixo aqui o seguinte para FEI:
Se esqueceu do Jogão seu na semana de provas fazendo manobras com a companhia limitada e o acidente com a peça pesada no Arena Corinthians na hora de sua montagem. E quando foi ai certa vez atrais do meu histórico escolare disse não participaria das suas manobras politicas e religiosas e um caminhão com sua caçamba derrubou a passarela na Anchieta. E quando vocês faziam suas manobras contra mim ai dentro e o céu estremecia, chegando ao ponto da zombaria de vocês mandarem reformar o telhado da capelinha que tem ai dentro. Quantos religiosos seus tombaram no caixão e quantas desgraças sua companhia limitada teve e tombou também no caixão? Eu sou trocha não sou? Então, vocês colhem suas desgraças...